Composição: Chico Buarque/ Ruy Guerra
Oh, musa do meu fado
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro abril
Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mataSe perdeu e se encontrou
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
"Sabe, no fundo eu sou um sentimentalTodos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo ( além da sífilis, é claro)Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidarMeu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."
Com avencas na caatingaAlecrins no canavial
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata
Com rendas do alentejo
De quem numa bravata
Arrebata um beijo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
"Meu coração tem um sereno jeitoE as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feitoDesencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peitoÉ que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreitoMe assombra a súbita impressão de incesto
Quando me encontro no calor da lutaOstento a aguda empunhadora à proa
Mas meu peito se desabotoaE se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executaPois que senão o coração perdoa"
Guitarras e sanfonas
Jasmins, coqueiros, fontes
Sardinhas, mandioca
Num suave azulejo
E o rio Amazonas
Que corre trás-os-montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonia
lAi, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial
http://www.youtube.com/watch?v=8-XlSaxYC9k&feature=player_embedded
Oh, musa do meu fado
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro abril
Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mataSe perdeu e se encontrou
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
"Sabe, no fundo eu sou um sentimentalTodos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo ( além da sífilis, é claro)Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidarMeu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."
Com avencas na caatingaAlecrins no canavial
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata
Com rendas do alentejo
De quem numa bravata
Arrebata um beijo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
"Meu coração tem um sereno jeitoE as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feitoDesencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peitoÉ que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreitoMe assombra a súbita impressão de incesto
Quando me encontro no calor da lutaOstento a aguda empunhadora à proa
Mas meu peito se desabotoaE se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executaPois que senão o coração perdoa"
Guitarras e sanfonas
Jasmins, coqueiros, fontes
Sardinhas, mandioca
Num suave azulejo
E o rio Amazonas
Que corre trás-os-montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonia
lAi, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial
http://www.youtube.com/watch?v=8-XlSaxYC9k&feature=player_embedded
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