Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo que não tem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte é estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pensa, pondera, tolera:
outra parte delira.
uma parte de mim
toma café, almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte some de repente.
Uma parte de mim
tem vertigem, urticária:
outra parte, linguagem.
Traduzir-se uma parte
na parte
- que é uma questão
de vida ou morte –
será direito ou arte?
Luiz Otávio Pereira
Texto em homenagem a turma de DIREITO-2008 - UFPA/Campus de Santarém.
2 comentários:
aew, Luiz muito obrigado pelo carinho, é uma pena que vamos perder o melhor professor da universidade, mas tudo tem seu tempo determinado, se é necessário vc ir nós iremos compreender.
Muito obrigado por tudo.
Bem mais interessante que o texto escrito, foi a declamação emocionada do querido Luiz na manhã do dia 17 de junho de 2009, na sala 4, no último dia de encontro do grupo de iniciação cientifica. Muita emoção foi passada nesse dia. Foi um grande prazer vivenciar o "delírio" do Direito-arte. Creio na continuação disto Luiz, por isso, não se vá! Nery Júnio de Araújo, discente do curso de Direito 2009 da UFPA-Campus Santarém.
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