Querido Papai do Céu,
(sei que, com 32, não cabe mais chamá-Lo assim, mas resolvi resgatar um hábito da minha infância, quando escrevia pra você e aquela Caloi, ou outro objeto de desejo, apareciam sem falhas debaixo na minha cama dias depois. Tudo bem que era Natal, mas...)
Bom, Papai do Céu, o caso é mais complicado do que uma Caloi em véspera natalina... rascunho essas linhas pra te pedir um namorado! E não qualquer um. Você sabe, Papys, sempre fui seletiva e, com o passar dos anos (e eles teimam em passar) apurei bastante o querer. No frigir dos ovos, sei bem qual o recheio que quero na minha próxima omelete, se é que me fiz entender.
Quero um namorado charmoso (veja que abri mão do item “bonito”), que exiba um belo sorriso. Daqueles francos, que desarmam e apaixonam. Um cara, pra variar, alguns anos mais velho que eu (olha que mudança significativa). E que esteja no rumo certo em sua carreira, ou que esteja buscando se encontrar, mas sem frustrações. Preferencialmente que já tenha um filho, ou mais de um, não me importo. E que queira ter filho comigo, também. Adoro família grande. Aliás, que ele seja bem “família”. E que seja muito bem resolvido com sua ex. Por falar em resolvido, espero que ele não precise provar nada pra ninguém. Que não seja exibicionista, fanfarrão, que não precise de platéia, que seja até um pouco tímido... Mas que goste de gente, de agito, de risadas, de emoção. Que ame música, que toque um instrumento (violão?), não precisa saber dançar e que seja louco por livros.
Um cara despojado, que aprecie os prazeres da vida sem nóias (Você sabe o que isso quer dizer, certo? Ah, ok). Que passe por espelhos sem mirá-los. E que não tenha uma balança digital no seu banheiro.
Pra finalizar, quero um namorado-homem. Hétero, sim, mas não é disso que tô falando, Engraçadinho... um homem com H maiúsculo, com pegada, com presença, com atitude. Que decida pra onde vamos na maioria das vezes, que ande na frente mas sempre segurando minha mão, abrindo caminho pra nós dois. Que dê passos largos na vida – e que me leve junto. Que me encha de orgulho, de admiração. E me preencha de amor.
Dúvidas? Você é o que tudo sabe, o que tudo pode... vai achar esse cara pra mim, não vai?
Com carinho (e esperança), Brennda.
(*)Roubado e adaptado do blog: http://renataruffato.blogspot.com
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